
Raivas, dores, doçuras e contradições numa voz que junta ao fado e ao jazz, a garra do timbre mestiço para afirmar o ser mulher. Marta Dias e Carlos Barreto Xavier criaram doze canções em Português feitas para cantar com ternura, atrevimento e ousadia.
O nome escolhido para dar voz a esta colaboração foi Bandida e, com ele, foi lançado o primeiro single “A Canção da Bandida” que já toca na tua rádio de todos os dias e que está também disponível em todas as plataformas digitais.
6 de Julho de 2018 foi a data escolhida para dar a conhecer ao público o álbum final que conta com doze canções fruto da parceria entre Marta Dias e Carlos Barreto Xavier. Este trabalho nasceu também da composição, “Esse Meu Amor”, do reportório de Marta Dias. Para acompanhar a voz de Marta Dias e o piano de Carlos Barreto Xavier, "Bandida" conta com a cumplicidade de Ruca Rebordão, nas percussões e de Yuri Daniel (baixo eléctrico), cujo percurso musical é bem conhecido de todos.
Marta Dias alia elementos urbanos, contemporâneos e telúricos, saberes e sabedorias, intuições bem pensadas, sensualidade em equilíbrio com contenção. YUE, foi o seu álbum de estreia em 1997 de onde se destaca o single “Gritar”. Ao segundo disco encontrava-se AQUI (1999), mas já projectava pontes improváveis de “Ossobó” a “Quase Fado”. Foi com o fado que Marta Dias correu mais mundo, cedendo-lhe o timbre mestiço e o jeito jazzy que guardou da escola do Hot Club de Portugal.
Carlos Barreto Xavier nasceu em Goa, na Índia. Compositor, teclista e produtor musical tem uma vasta obra editada e desenvolve intensa actividade artística. Anjos, António Chainho, Delfins, Hands on Aproach, João da Ilha, Jorge Roque, Katia Guerreiro, Radiophone, Ritual Tejo, Santos e Pecadores e Passione são apenas alguns dos nomes com os quais já colaborou. Desenvolve trabalho solidário e investiga as relações entre a música e a educação no ensino básico, tal como a inclusão social pelas artes.
O álbum Bandida surge desta fusão de experiências e influências. Esta "Bandida" vive de noite e perde-se de dia. O caminho é feito de muitas memórias, saudades, lamentos e raivas. A Bandida, como um tigre, já não tem ilusões. Habita a crueza da realidade, crava garras nos artifícios e rebenta todos os altares antigos. É má e orgulha-se disso. Quando sobe ao palco para contar a sua história, a Bandida traz uma arca cheia de contos e poemas. Traz a Canção que lhe dá o nome, traz o Lamento da Princesa Errante, traz a Cantiga da Loba da Noite, e muitas mais, com travo ao vinho e aos charutos que nunca bebeu nem fumou, mas que soube imaginar com maestria.
Há muito para descobrir neste novo álbum.
- A canção da bandida
- Esse meu amor
- O lugar do amor
- Lamento da princesa errante
- Não sei que seja
- Fado luz e sombra
- Cantiga da loba da noite
- Meu bem
- Talvez amar
- À porta
- Amor é fogo que arde sem se ver
- Mais tarde