
No próximo programa AO ENCONTRO DA POESIA, de PEDRO NOBRE, vamos receber em estúdio a POETISA (fadista) MARIA DE LURDES BRÁS que vem falar-nos sobre o seu livro mais recente "Lamiré Poético" que vai ser apresentado, aos leitores, dia 15 de julho em Almada. Quando forem 21h45 vamos ter a rubrica "A PAR DA POESIA" com Paulo Afonso Ramos e às 22h00 a rubrica "UM MOMENTO DE POESIA POPULAR" com Fátima Horta.
BIOGRAFIA
MARIA de LURDES BRÁS, nasceu a 16 de Setembro de 1954, em Cercal do Alentejo, Concelho de Santiago do Cacém, “na altura o Cercal era uma aldeia”, cresceu no campo no meio das searas, a ouvir o cantar dos pássaros e do cante Alentejano (o baldão e o despique)
Na sua memória sempre ficou o cante, Alentejano, mas o fado era tão parecido com aquela toada dolente do cante, as vozes que o cantavam entrava-lhe na alma… e vibrava quando na telefonia ouvia um fado.
Mas só mais tarde depois de casada, foi ao fado e gostou e cantou e nunca mais parou, como o seu gosto pela poesia vinha dos bancos da escola, pensou fazer umas letras para cantar, começou devagar, a medo, mas fez… gravou umas cassetes, depois Cds, mas faltava o livro… onde as suas palavras ganhassem outra vida para que todos as lessem, assim foi (POESIA ALINHAVADA) “Uma sinfonia de versos vagabundos” com a chancela da Chiado Editora, estava dado o primeiro passo.
Mas havia muitas letras na gaveta que tinham que ganhar nova vida, e enfrentar os olhos de quem as lesse, e aí está, que seja do agrado de todos ler aquilo que lhe dá tanto prazer escrever, como fica feliz cada vez que escreve um poema...
LAMIRÉ POÉTICO
A poetisa e também “fadista” navega no mar da poesia e embala-se nas ondas do seu fado.

SINOPSE
LAMIRÉ POÉTICO
Dá-me aí um lamiré
A memória me atraiçoa
Essa música qual é
É d’um fado de Lisboa
Qual é o tom desse fado
P’ ra que não fique esquecido
Queres assim bem marcado
Queres lento ou mais corrido
No fado e na poesia
Tudo tem alinhamento
Tem lugar a fantasia
Mas tudo com sentimento
Quando escrevo e quando canto
O coração bate forte
P’ ra não fugir o encanto
E nem perdermos o norte
Se nasci com este dom
Navego com a maré
Qual o fado, qual o tom
Dá-me aí um lamiré.