
curiosidade
18 MAIO: Dia Internacional do Fascínio das Plantas, Dia Nacional do Cocktail, Dia da Cidadania nas Escolas Secundárias e Dia Internacional dos Museus
18 MAIO: Dia Internacional do Fascínio das Plantas, Dia Nacional do Cocktail, Dia da Cidadania nas Escolas Secundárias e Dia Internacional dos Museus
No dia internacional dos museus e no próximo programa AO ENCONTRO DA POESIA, Pedro Nobre ainda não pode estar presente por motivos de saúde, mas vai estar entregue os comandos do programa o colega LUÍS BRAZ que vai ter nas CONVERSAS POÉTICAS o poeta MÁRIO PÃO-MOLE, residente na Quinta do Conde. Quando forem 21h45 iremos ter presença de PAULO AFONSO RAMOS com a sua rubrica "A PAR DA POESIA" e depois de 22H00 a poetisa residente FÁTIMA HORTA com a sua rubrica "UM MOMENTO DE POESIA POPULAR".BIOGRAFIA
Mário Pão-Mole, nasceu a 20 de julho de 1941 em Safara/Beja. A nível de carreira foi fuzileiro especial, onde participou na guerra de África com 2 anos em Angola 1963/65 e 2 anos em Moçambique 1965/67 onde perdeu a sua mocidade por a causa mais injusta da sua vida. Mas tem orgulho em todo o seu comportamento.
A nível de poesia ainda não tem nenhum livro editado, não sendo prioritário na sua vida, apesar ter cerca de 200 poemas escritos e guardados eletronicamente. Mas as redes sociais, nomeadamente o facebook é local onde dá a conhecer a sua escrita.
POEMA | VIDA MILITAR | Escrito por Mário Pão-Mole
Quando assentei praça,
No Alfeite da marinha,
Tiraram-me toda a graça,
A pouca graça que eu tinha.
Levaram-me ao barbeiro,
Meu cabelo me raparam,
Juro e sou verdadeiro,
Os meus olhos choraram.
Fiz faxinas à cozinha,
Só para lavar os pratos.
Triste sorte foi a minha,
Até lavava os meus trapos.
Pegava na vassourinha,
E varria a caserna.
Parecia uma sopeirinha,
Sem usar meia na perna.
Quando foi para marcar passo,
Uma salsada a preceito.
Com todo o desembaraço,
Levava o joelho ao peito.
Mas tudo desencontrado,
Foi só no primeiro dia.
Uns quantos dia passado,
Já toda a gente sabia.
Assim três meses passaram,
À bandeira fui jurar.
E sempre me prepararam,
Para a guerra no ultramar.
Mais três meses de I.T.E.
Para aprender de tudo um pouco.
Toda a marinharia e até,
Combater um fogo louco.
Mais três meses de outro curso,
No curso de especiais.
Fortaleza como a do urso,
Que saiu de homens normais.
Angola foi o destino,
Março de sessenta e três.
Em sessenta e cinco o termino,
Voltamos para cá outra vez.
POEMA | VIDA MILITAR | Escrito por Mário Pão-Mole
Quando assentei praça,
No Alfeite da marinha,
Tiraram-me toda a graça,
A pouca graça que eu tinha.
Levaram-me ao barbeiro,
Meu cabelo me raparam,
Juro e sou verdadeiro,
Os meus olhos choraram.
Fiz faxinas à cozinha,
Só para lavar os pratos.
Triste sorte foi a minha,
Até lavava os meus trapos.
Pegava na vassourinha,
E varria a caserna.
Parecia uma sopeirinha,
Sem usar meia na perna.
Quando foi para marcar passo,
Uma salsada a preceito.
Com todo o desembaraço,
Levava o joelho ao peito.
Mas tudo desencontrado,
Foi só no primeiro dia.
Uns quantos dia passado,
Já toda a gente sabia.
Assim três meses passaram,
À bandeira fui jurar.
E sempre me prepararam,
Para a guerra no ultramar.
Mais três meses de I.T.E.
Para aprender de tudo um pouco.
Toda a marinharia e até,
Combater um fogo louco.
Mais três meses de outro curso,
No curso de especiais.
Fortaleza como a do urso,
Que saiu de homens normais.
Angola foi o destino,
Março de sessenta e três.
Em sessenta e cinco o termino,
Voltamos para cá outra vez.